Arre! Que raio de lugar é esse que eu vim parar. Isso é uma hostilidade só, meu Deus. Ai, eu quero parar. Mas as coroas, metidas a bacanas, elas não aparentam cansaço. E riem, como riem de mim. Velhas filhas de uma égua manca. O ódio me dá forças. E forço, forço e forço. Peleja pouca é bobagem, pra isso aqui. Eu só queria deixar ser sedentária. Mas não imaginei que seria tão difícil. Nossa...Não acredito, como se não bastasse dançar, chutar, socar o ar(se ainda fosse alguém tava valendo, mas ar?) a gente ainda precisa de peso nas pernas. Como gostam de sofrer.
Olho pro espelho e elas estão felizes da vida. Essas pessoas não sabem o que é felicidade. Não sabem o que é acordar ás três da tarde, comer feijoada, lasanha, pizza, beber cerveja, sem vergonha e sem culpa. Na nova série, a professora lembra a todas que nesse ritmo vão poder até comer ovo de páscoa no domingo. Oxi pensei, mas é claro que vou. Sempre posso comer. Como assim poder? Isso lá é palavra que se use? Pra mim não faz sentido um trem desse. Mas a julgar pelas caras, elas não sabem o que é ter vontade de comer e realizar. Fazem parte dessa geração saúde, que acha bonito fazer sacrifício. Como são cristãs essas mulheres, pobrezinhas.
Como já era de se imaginar, pensando nisso, eu de novo me embaralho nas minhas próprias pernas e me perco na coreografia. Pois é, tem coreografia, meu bem. Logo eu, uma Zé ninguém em coreografias. E aí vem, o que faltava pra eu concluir, que aquilo definitivamente não era lugar pra mim. Que eu era um ser a parte, naquilo tudo.
- Não pensa garotinha, não pensa!
Não pensar? Esse foi o primeiro lugar que eu fui em toda a minha vida, que me fez esse pedido, me pediu pra não pensar. Logo o que eu faço com mais gosto.O que eu não sei parar de fazer. Me pedir pra não pensar, é pedir demais. Lugarzinho mais hostil que esse, não existe. Já não posso mais. E tenho dito.
Meus parabéns amiga,pelo oblog.Um abraço de: Manoel Limoeiro de Recife-PE.
ResponderExcluirOh Manuel, brigadinho volte sempre que quiser.
ResponderExcluirUm abraço apertado.
Noooossaaa, Mari! Deixa eu advinhar? Vc realmente enxergou a decadência extrema de pessoas que só pensam no fútil-fútil né? Que estão mais preocupadas com a forma do que com o conteúdo. Conheço pessoas assim, mas só consigo ficar perto delas uns 20 minutos máximo, enquanto eu quero falar de Bossa Nova, elas querem falar da última bolsa armani que viram nun shopping, lugar aliás que eu só vou pra apreciar os petiscos da praça de alimentação e q posso tranquilamente trocar por um boteco legal com música ao vivo, mesmo q tenha de pagar Couvert rsrsrs.
ResponderExcluirVc conheçe o Semente aí na Lapa, eu acho que é na Lapa?
Bjusss Jair Rodriguianos para ocê.
Putz Adélia, isso aí foi um desabafo.Um dia na academia, foi suficiente pra me fazer sentir um peixe fora d'água. Mas ainda bem que nós existimos pra contrabalançar com toda essa peruada."A burguesia fede" mesmo. Ah, e o Semente, é na Lapa mesmo. Tá pensando em dar um pulinho aqui é? Venha sim, não se avexe não.
ResponderExcluirBEIJO GRANDE
Mari